sexta-feira, 27 de junho de 2014

Arte e Saúde

 

O documentário é grande mas vale a pena assistir e conhecer esse interessante e inovador trabalho que reúne saúde, arte, cultura e ciência. Esse é um bom exemplo que ilustra a importância da cultura e de diferentes práticas terapêuticas no processo saúde-doença e também na melhoria do SUS. 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Parteiras

 




 Investimento em Parteiras e Parteiros profissionais podem salvar milhares de vidas, diz ONU

" Um relatório lançado nesta terça-feira (3) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em conjunto com a Confederação Internacional de Parteiras (ICM), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros, revela que os principais déficits na força de trabalho das parteiras e parteiros profissionais – enfermeiros/as obstetras e obstetrizes – ocorrem em 73 países onde esses serviços são mais necessários. O relatório recomenda novas estratégias para enfrentar esses déficits e salvar milhões de vidas de mulheres e recém-nascidos.
  Os 73 países da África, Ásia e América Latina – entre eles, o Brasil – representados no relatório “O Estado da Obstetrícia no Mundo 2014: Um Caminho Universal – O Direito da Mulher à Saúde” respondem por 96% do total global de mortes maternas, 91% dos natimortos e 93% das mortes entre recém-nascidos, mas têm apenas 42% das parteiras/os profissionais, enfermeiras/os e médicas/os de todo o mundo.
  O relatório defende o investimento dos países em educação obstétrica e treinamento para contribuir na redução das diferenças gritantes existentes. Investimentos em educação e treinamento em obstetrícia alinhados com padrões internacionais podem produzir – como mostra um estudo de Bangladesh – um retorno de 1.600% do recurso aplicado."
“As parteiras e os parteiros profissionais contribuem enormemente para a saúde de mães e recém-nascidos e o bem-estar de toda a comunidade. O acesso a cuidados de saúde de qualidade é um direito humano básico. Maior investimento em obstetrícia é chave para tornar esse direito uma realidade para mulheres em todos os lugares”, disse o diretor executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin.
Achei muito interessante esse relatório, pois ele coloca um problema grave de alguns países, inclusive o Brasil, que é a mortalidade materna e infantil (com estatísticas que mostram a gravidade dele) como uma responsabilidade do nosso Sistema de Saúde e mais interessante ainda é que os investimentos para a melhora desses eventos buscam uma forma mais humanizada e consideram importante uma tradição cultural que são as parteiras. Essa é uma das provas que o campo da saúde oferece para mostrar que o sistema de saúde precisa de uma visão holística de suas práticas terapêuticas e que ela é importante para a redução desses problemas. 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Reflexão Crítica- parte 2



                                                       

                                                       Barreira da Normalidade

 Realizando uma reflexão crítica da charge acima, observamos a imagem do médico que, por ter conhecimentos da medicina que adquiriu ao longo do seu curso, defende e difunde o que é normal. E em termos de conhecimento sabemos que esse conceito de normalidade é baseado em médias estatísticas e números que consideram o que é desejável e aceito em um determinado momento e sociedade. Observamos também a barreira que ele e talvez a sua profissão "impõem" diante do paciente, uma barreira que não admite críticas ou mudanças, pois até então, o que ele diz que é normal é que deve ser considerado o "normal universal".
  Será mesmo que essa normalidade pode ser utilizada para definir o que é saudável e o que não é? Mesmo diante das diversidades culturais que nos cercam, as pessoas de diferentes culturas (que vivem em diferentes ambientes com alimentações e estilos de vida diferentes) devem possuir os mesmo níveis de medidores do que é saudável? Com certeza não e essas são algumas das questões críticas que o modelo biomédico e hegemônico  nos mostra diante de suas práticas. 
  O conceito de saúde(normalidade) vai muito além de médias estatísticas universalizadas, o médico deveria possuir uma visão holística e sociopsicossomática que vê o paciente não apenas como um corpo doente mas como um ser humano (assim como o próprio médico), deixar um pouco de lado a sua visão técnica e colocar em prática um papel também de ouvinte do paciente. Essas são algumas das ações que "quebrariam" pelo menos, inicialmente, esse paradigma da barreira entre médico e paciente. 


Reflexão Crítica

  Autonomia e Mudança 

  O texto de Paulo Freire propõe a ideia de que o mundo ainda está em construção e que nós possuímos o papel de "transformadores" desse mundo. Ele aponta a necessidade de enxergarmos os problemas presentes como uma oportunidade de mudança, que a não adaptação ao problema é importante para que ocorra a mudança, de fato.
  Enxergamos um milhão de problemas atualmente no mundo, desde falta de alimentação até falta de moradia ou mesmo de direitos sociais, muitos pensam que esses problemas não podem ser resolvidos por nós, cidadãos, porém, essa é uma visão muito limitada tanto quanto equivocada, uma vez que a articulação e o "funcionamento" desse mundo foram realizados por nós. Obviamente existem graus de poderes diferentes, poderes hierarquizados que "comandam" mais, entretanto fazemos parte e somos atores do mundo da história, da cultura, da política e etc. E possuímos a capacidade de intervir nessas articulações.
  Somos seres pensantes, capazes de decidir, escolher, intervir, criar, reivindicar e talvez não eliminar todos os problemas existentes, mas sim diminuí-los. Devemos sair do estado de inércia, seja intelectual ou prática, devemos colocar em prática o que estudamos e acreditamos que seja correto. Esses são pontos chave para que haja o desenvolvimento da autonomia individual que auxiliará nem um verdadeiro papel de transformadores do mundo.

Reflexão crítica sobre o texto de Paulo Freire: "Ensinar Exige a Convicção de que a Mudança é Possível" (Livro: Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6 edição. São Paulo; Paz e Terra, 1997. P.85-6.)