Barreira da Normalidade
Realizando uma reflexão crítica da charge acima, observamos a imagem do médico que, por ter conhecimentos da medicina que adquiriu ao longo do seu curso, defende e difunde o que é normal. E em termos de conhecimento sabemos que esse conceito de normalidade é baseado em médias estatísticas e números que consideram o que é desejável e aceito em um determinado momento e sociedade. Observamos também a barreira que ele e talvez a sua profissão "impõem" diante do paciente, uma barreira que não admite críticas ou mudanças, pois até então, o que ele diz que é normal é que deve ser considerado o "normal universal".
Será mesmo que essa normalidade pode ser utilizada para definir o que é saudável e o que não é? Mesmo diante das diversidades culturais que nos cercam, as pessoas de diferentes culturas (que vivem em diferentes ambientes com alimentações e estilos de vida diferentes) devem possuir os mesmo níveis de medidores do que é saudável? Com certeza não e essas são algumas das questões críticas que o modelo biomédico e hegemônico nos mostra diante de suas práticas.
O conceito de saúde(normalidade) vai muito além de médias estatísticas universalizadas, o médico deveria possuir uma visão holística e sociopsicossomática que vê o paciente não apenas como um corpo doente mas como um ser humano (assim como o próprio médico), deixar um pouco de lado a sua visão técnica e colocar em prática um papel também de ouvinte do paciente. Essas são algumas das ações que "quebrariam" pelo menos, inicialmente, esse paradigma da barreira entre médico e paciente.
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